Coisas da vida. Depois de algum tempo fechada para as saudades, reabro as postagens para falar do Melo. Como o nome já diz, um vira-lata caramelo que, por derivação, virou Melo, ora Melo Antônio, mas indubitavelmente, um meliante, que acabou aprontando em seu lar de acolhimento provisório. Uma história que se repete é aquela do abandono. Com Melo, não foi diferente. Apesar de ter menos de um ano de idade, foi abandonado na praia. Com o resgate, ficou claro que ele já teve um lar, pois
está habituado à ração, sabe se comportar no banho em pet shops e gosta de andar de carro. Além disso, estava castrado. Fosse um cão de rua e não saberia comportar-se com certa fidalguia. Seu olhar é doce e carinhoso. É muito humilde. Tem receio de homens apenas, e a imaginação leva a se pensar que pode ter sofrido agressões. Uma cicatriz no focinho até sugere isso. Uma vez acolhido provisoriamente em um lar, soube-se que ele, definitivamente, apronta sempre que fica sozinho em casa, como de fato aprontou. Cometeu não apenas as faltas toleráveis que consistiram em destruir chinelos e tapetes. Foi mais longe: conseguiu rasgar o estofamento de uma poltrona, justamente aquela na qual o dono da casa gosta de repousar. O degredo foi assim rapidamente decretado. E um novo lar foi providenciado para o Melo, que deverá, em breve, herdar um dos cobertores que pertenceu ao Alex. Coisas da vida, que por si mesma já é esperança de dias melhores para o Melo.
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