sexta-feira, 20 de março de 2009

Só mesmo o cachorro....

Cachorro é meio anjo da gente, não é?
Cachorro nos entende, fala com o olhar e às vezes articula expressões que só o dono conhece e interpreta. Entre nós e o nosso cachorro há um vínculo de intimidade que dispensa os discursos e as explicações. Cachorro não nos critica, não nos despreza, nem põe defeito na nossa forma de amá-los.
Cachorro não nos agride e, aos seus olhos, somos tudo neste mundo: seus donos.
Humildemente, o cachorro coloca seu destino em nossas mãos.
Não nos chama de feios nem repara se a gente pegou um quilinho ou dois... três, vá lá.
Não nos desdenha, e é incapaz dessa ironia fina que muita gente pensa que é refinamento.
Cachorro nos aceita, mesmo quando a gente está cansada da gente mesmo. Cachorro, decididamente, nos apóia nos piores momentos. Ele sabe quando estamos tristes. Sabe quando estamos decepcionados e confusos. E nos ama com toda força de seu coração. Cachorro é ciumento e não admite interferências no relacionamento com seu dono. Manhoso, sim. Implicante, às vezes. Mas, se pudesse, o cachorro engoliria todos os sapos do mundo por nós.
Cachorro é amigo de verdade. Confia em nós mesmo quando a gente já desacreditou de tudo. Só o nosso cachorro nos acha mesmo o máximo, seja seu dono um príncipe ou um mendigo, bela ou fera, vítima ou algoz. Para o cachorro, isso não faz a menor diferença.
Quem nunca sentiu a pureza do olhar de um cachorro quando ele nos observa chegando em casa, e fica ali, à espera de um afago? Quem nunca beijou e apertou o seu cachorro, e teve um faniquito só de ver a carinha curiosa que eles fazem? Quem nunca percebeu as diferentes expressões que seu olhar tem para cada ocasião? Ah! Quem nunca conviveu com um cachorro... Pena. Quem nunca sentiu isso na vida, viveu pouco.
Cachorro é aquele ser que ama e se deixa amar. Ainda que seja um amor feito o meu, que aperta, revira, beija, pega no colo, veste de gente, põe perfume e chama de irmãozinho. Um amor possessivo mesmo, exagerado e abertamente tirano, sim, quando falo do meu Alex, e o destaco dentre todos os cachorros deste mundo. Alex é incomparável. Alex é Alex. E, para ele, com toda certeza, a Mana é a Mana. Uma coisa que ninguém mais no mundo é ou saberia ser.
Bobagem isso de dizer que bicho não entende, que bicho não sente, que bicho é apenas um bicho e que gente assim como eu, que adora cachorros, só faz isso porque tem "problemas" e "carências". Que bom! Que bom nascer assim, com estes problemas e carências que me fazem adorar o meu cachorro! E gostar de todos os outros cachorros do mundo que têm um pouco de Alex em cada um deles. Se isso é doença, eu não quero a cura, não. Não quero virar esse tipo de gente que acha loucura salvar cachorros vira-latas de rua e considera "o fim" pôr o bicho na cama a dormir no travesseiro ao lado. Ah! Juro que tem coisas na vida que só um cachorro pode entender, a partir de sua bondade desinteressada, de sua sabedoria canina, que consegue perdoar, no homem, toda destrutividade e ingratidão de que só ele é capaz na natureza.
E pensar que tem gente que acredita que gente é melhor que bicho!
Francamente, pra gostar de gente sem reservas, só mesmo o cachorro.

2 comentários:

  1. Olá, Alex. Eu sou o Beethoven, novo aqui no Blogger.
    Minha mãe já leu seu blog inteirinho e adorou! Quem sabe não podemos ser amigos?
    Depois dá uma passadinha no meu blog para me conhecer:
    Site do Dog

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  2. Beethoven!
    Eu vou adorar ser seu amiguinho! Tu és muito fofo e até parecido comigo, quando eu era pequeno. Fico feliz em saber que, como eu, és um cachorrinho muito amado.
    Beijos a Vanessa, tua mamãe! Volte sempre aqui! A Mana vai colocar teu blog na nossa lista de favoritos, para que meus amigos sejam teus amigos também!

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