Poema de Paulo José Cunha
No estandarte da crista
a imponência
de um marechal-de-campo,
o olhar superior,
as esporas de aço.
E assim,
imbuído dos mais alevantados propósitos,
o comandante-em-chefe dos quintais subordinados
ergue a voz sobre o silêncio dos telhados,
estufa o peito recoberto
de alamares e condecorações,
ordena o arquivamento da noite,
revoga as disposições em contrário
e declara aberta a manhã.
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