Esta notícia me deixou tão triste e abalada, que não há como não contar o caso.
Há pouco recebi uma newsletter que trata de casos judiciais, e ali está a notícia de que um casal paranaense foi condenado pela Justiça a pagar R$ 965,00 pelo abandono de um vira-lata, que acabou morrendo na cidade.
O cachorro chamava-se Urso. Os donos venderam a casa que tinham numa cidade do interior do Paraná e mudaram-se. Não levaram o animal com eles. Mas Urso não partiu. Urso ficou ali, na frente da casa, esperando pelos seus donos que não chegaram nunca. Ele os esperou, porém, por dois longos meses. Viu o imóvel ser demolido e, mesmo assim, não partiu. Fiel, esperava por aqueles que considerava a sua família. Acabou debilitado e doente, mas se manteve fiel. Esperava. E esperou até adoecer.
Graças a uma denuncia, foi retirado do local. Uma senhora ligou para uma Associação de Proteção a Animais e contou que Urso, em meio aos escombros, colocava-se embaixo de um limoeiro, e ali esperava, esperava, esperava... Seus olhos eram de “uma tristeza indescritível”. Removido, uma ONG passou a cuidar dele, assumindo os cuidados veterinários. Estava com pneumonia, com desidratação e com desnutrição. Descoberto o endereço dos proprietários, contatados, eles disseram que Urso era deles, mas que fora dado de presente a um dos pedreiros.
Durante sua internação, aos cuidados da ONG, Urso arrumou amigos que o visitavam, levando comida. Ganhou carinho, sim. A notícia diz que ele adorava gemada. Urso foi até adotado, mas era tarde demais. Teve paralisia, ficou ainda mais doente, e, no fim, teve de ser sacrificado.
Este foi o fim de Urso. Foi o prêmio que ele recebeu pela fidelidade que dedicou aos que soube amar com toda devoção.
Fonte: Folha OnLine
in NEWSLETTER DA EDITORA MAGISTER - EDIÇÃO DE 14/05/2009
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